20 de dezembro de 2010

UMA IGREJA SEM PROPÓSITOS???

Uma igreja SEM propósitos?
Não é um novo modelo de gestão para sua igreja. Não é uma crítica ao sistema que nasceu da experiência da Saddleback Church, na California (Pr. Rick Warren). Tampouco estou falando das igrejas que não adotam este modelo, e sim outro, etc.

Se trata a igreja como um todo. Igrejas locais, com endereço, com estatuto, com membros e líderes. Que são, ou deveriam ser, a expressão local da igreja universal de Jesus Cristo.

Há em nossos dias, várias igrejas, de várias denominações, algumas históricas, outras de história bastante recente. Algumas que crescem, outras que estão do jeito que sempre foram, e outras que vem se arrastando, mantendo a velha programação e esperando que os gloriosos tempos de outrora voltem algum dia, quando faltava lugar pra tanta gente sentar.

Mas, voltemos aos propósitos. Eta palavrinha bem usada recentemente, não? Igrejas com propósitos, vida com propósitos, 40 dias com propósitos, tudo com propósitos...

Agora... pensando na definição bíblica de igreja, dada por Jesus: existe igreja sem propósitos?

Eu creio que a única resposta cabível é não! Jesus estabeleceu a sua igreja, e disse o que ela deveria ser e fazer. Estabeleceu os seus propósitos. Pouco mais tarde, o Espírito Santo, por intermédio de Paulo, Pedro e outros, estabeleceu algumas normas pelas quais estes propósitos deveriam ser alcançados. Portanto, igreja bíblica é igreja com propósitos (mesmo que use o G12, que se divida em células, que siga a árvore do discipulado, que se organize por ministérios, etc, etc, e mesmo que adote o modelo da igreja com propósitos).

Mas se pensarmos no que temos conseguido e observado com nossas igrejas por aí, começo a pensar que existem variações um tanto estranhas. Penso que todas elas continuam a ser igrejas com propósitos, mas convenhamos... tem cada propósito por aí...

Eu o convido a analisar comigo alguns casos e até a pensar em outros, caso você queira. Lamentavelmente a relação é meio que extensa.

A igreja com o propósito de cultuar a tradição - ora, que se danem os
perdidos. Ora, que se danem os jovens e os que querem novidades. Nossa igreja sempre foi assim, ainda é assim, e sempre será assim. Foi assim que sempre fizemos, e assim sempre faremos. Pelo menos até que os manda-chuvas morram.

A igreja com o propósito de quebrar paradigmas - temos que modernizar! Temos que achar um novo meio de fazer as coisas! Tudo novo é melhor. Esqueça o que sempre foi feito. O deus dessas igrejas é a quebra da tradição, é o novo modelo. Estão tão atentas em seus novos métodos que se esquecem de pregar o evangelho.

A igreja com o propósito de construir o templo você já contribuiu? Você já fez seu compromisso de fé? Ora, apresse-se irmão! Temos que comprar os vidros! Temos que isso, temos que aquilo. Temos que construir nosso edifício de educação religiosa. A igreja vira um canteiro de obras, e o edifício passa a ser o “objeto de adoração”.

A igreja com o propósito de vender favores – venha ao nosso culto dos endividados! Venha ao nosso culto da libertação! Venha ao nosso culto da cura e da unção! Venha ao nosso culto disso, culto daquilo. Seja um dos nossos, contribua (claro), e receba com juros e dividendos os favores de Deus. Ah... você já fez tudo isso e o favor não chegou? Falta de fé, irmão...

A igreja com o propósito de mostrar fenômenos – se você vai ao culto de uma dessas igrejas e não sente nem um arrepiozinho, avalie a sua fé, meu caro. O fogo tem que descer. O pau com o capeta tem que quebrar. O inimigo é amarrado. Mas parece que ele acaba se soltando, pra poder ser amarrado de novo no próximo fim se semana.

A igreja com o propósito de triunfar – pensamento positivo, meu velho. Carro importado, sim. Clame por mais faturamento, amigo empresário! Que seus negócios reflitam o poder de Deus! Ah..., é... sei..., mas sabe, esse negócio do apóstolo Paulo dizer que sabe o que é ter fartura e sabe o que é passar necessidade é uma passagem isolada... esse negócio de combater o bom combate, de espinho na carne, é tudo uma visão momentânea...

A igreja com propósito de conviver - é o princípio do monte da transfiguração: "bom estarmos aqui, Senhor! Façamos aqui três tendas!" É a igreja-clubinho dos amigos. Tem um sentimento de família imbatível. Os membros se amam e se dão bem. Tão bem que não querem estragar o ambiente deixando mais gente entrar. Por isso esquecem de pregar.

A igreja com o propósito de discutir teologia - são verdadeiros seminários. Todos os membros sabem tudo de Biblia. Pena que de vez em quando rola uma briga entre os calvinistas e os wesleyanos. Ou entre os pre-milenistas e os pós-milenistas. Brigas entre os doutores da lei. Ensinar Bíblia sempre foi bom, mas há alguns lugares onde o bate-bola teológico foi tão longe que talvez chegue no que Paulo classifica de genealogias intermináveis.

A igreja com propósitos não-declaráveis – pode ser o propósito de comprar uma rede de televisão, de arrecadar dinheiro, de manter o emprego do pastor, de arranjar trabalho para outros obreiros, de montar uma estrutura, de promover alguém na denominação, etc, etc.

Enfim, a questão que fica não é se existe ou não existe igreja sem propósitos. A questão é saber de que propósitos estamos falando.

É óbvio que, filtradas as ironias e um certo humor que existe na descrição dos casos acima, conviver, ensinar, construir, quebrar paradigmas, entre outros, são coisas que precisam passar pela vida de uma igreja sadia e normal. O que não pode ocorrer é que os meios se tornem os fins!

Igreja de Jesus Cristo tem que ter os propósitos de Jesus Cristo. Caso contrário ela é uma confraria, uma associação sem fins-lucrativos, beneficiente, sei lá o que. Pode ter até nome de igreja, mas...
Qual é o propósito da igreja de Jesus? Crescer, fazendo discípulos. Discípulos que são adicionados à família porque lhes é apresentado o real evangelho de Jesus. Discípulos que aprendem a guardar os ensinamentos de Jesus. Discípulos que se multiplicam à imagem de Jesus, conforme Jesus, tendo Jesus como modelo.


Texto Adaptado de Carlos Siderhttp://www.provoice.com.br

15 de dezembro de 2010

A PARÁBOLA DO BOM SAMARITANO HOJE!!!

O Bom Samaritano = O Bom Travesti

E perguntaram a Jesus: “Quem é o meu próximo?”
E ele lhes contou a seguinte parábola:

Voltava para sua casa, de madrugada, caminhando por uma rua escura, um garçom que trabalhara até tarde num restaurante. Ia cansado e triste. A vida de garçom é muito dura, trabalha-se muito e ganha-se pouco. Naquela mesma rua dois assaltantes estavam de tocaia, à espera de uma vítima. Vendo o homem assim tão indefeso saltaram sobre ele com armas na mão e disseram: “Vá passando a carteira”. O garçom não resistiu. Deu-lhes a carteira. Mas o dinheiro era pouco e por isso, por ter tão pouco dinheiro na carteira, os assaltantes o espancaram brutalmente, deixando-o desacordado no chão.

Às primeiras horas da manhã passava por aquela mesma rua um padre no seu carro, a caminho da igreja onde celebraria a missa. Vendo aquele homem caído, ele se compadeceu, parou o caro, foi até ele e o consolou com palavras religiosas: “Meu irmão, é assim mesmo. Esse mundo é um vale de lágrimas. Mas console-se: Jesus Cristo sofreu mais que você.” Ditas estas palavras ele o benzeu com o sinal da cruz e fez-lhe um gesto sacerdotal de absolvição de pecados: “Ego te absolvo...” Levantou-se então, voltou para o carro e guiou para a missa, feliz por ter consolado aquele homem com as palavras da religião.

Passados alguns minutos, passava por aquela mesma rua um pastor evangélico, a caminho da sua igreja, onde iria dirigir uma reunião de oração matutina. Vendo o homem caído, que nesse momento se mexia e gemia, parou o seu carro, desceu, foi até ele e lhe perguntou, baixinho: “Você já tem Cristo no seu coração? Isso que lhe aconteceu foi enviado por Deus! Tudo o que acontece é pela vontade de Deus! Você não vai à igreja. Pois, por meio dessa provação, Deus o está chamando ao arrependimento. Sem Cristo no coração sua alma irá para o inferno. Arrependa-se dos seus pecados. Aceite Cristo como seu salvador e seus problemas serão resolvidos!" O homem gemeu mais uma vez e o pastor interpretou o seu gemido como a aceitação do Cristo no coração. Disse, então, “aleluia!” e voltou para o carro feliz por Deus lhe ter permitido salvar mais uma alma.

Uma hora depois passava por aquela rua um líder espírita que, vendo o homem caído, aproximou-se dele e lhe disse: “Isso que lhe aconteceu não aconteceu por acidente. Nada acontece por acidente. A vida humana é regida pela lei do karma: as dívidas que se contraem numa encarnação têm de ser pagas na outra. Você está pagando por algo que você fez numa encarnação passada. Pode ser, mesmo, que você tenha feito a alguém aquilo que os ladrões lhe fizeram. Mas agora sua dívida está paga. Seja, portanto, agradecido aos ladrões: eles lhe fizeram um bem. Seu espírito está agora livre dessa dívida e você poderá continuar a evoluir.” Colocou suas mãos na cabeça do ferido, deu-lhe um passe, levantou-se, voltou para o carro, maravilhado da justiça da lei do karma.

O sol já ia alto quanto por ali passou um travesti, cabelo louro, brincos nas orelhas, pulseiras nos braços, boca pintada de batom. Vendo o homem caído, parou sua motocicleta, foi até ele e sem dizer uma única palavra tomou-o nos seus braços, colocou-o na motocicleta e o levou para o pronto socorro de um hospital, entregando-o aos cuidados médicos. E enquanto os médicos e enfermeiras estavam distraídos, tirou do seu próprio bolso todo o dinheiro que tinha e o colocou no bolso do homem ferido.
Terminada a estória, Jesus se voltou para seus ouvintes. Eles o olhavam com ódio. Jesus os olhou com amor e lhes perguntou: “Quem foi o próximo do homem ferido?”


Fonte: Portas Abertas

10 de dezembro de 2010

UM DEUS APRISIONADO???

Deus não está preso!

“É nossa responsabilidade que a luz de Deus esteja sobre a nossa vida, para podermos reconhecer a poderosa mão do Espírito Santo, seguindo o modelo de Jesus Cristo e reconhecendo que tudo o que Ele faz é certo”.
Watchman Nee

O que os cristãos almejam? Não falarei da famosa teologia de bênçãos, quero falar sobre o anseio de ter templos cheios com muitas cadeiras ocupadas. Certamente você já ouviu a frase: “Deus vai encher esta igreja”. O que há de errado nisto? Não é para desejarmos o templo cheio? Deus não quer a igreja cheia de gente?

Não há nada de errado em querer que mais pessoas se convertam e sejam discipuladas. Pelo contrário, devemos desejar isso. O curioso é que na nossa cabeça esse desejo está fortemente vinculado à imagem de uma “igreja cheia”. Repare que nessa expressão a palavra igreja é usada como um lugar físico, não um grupo de pessoas. Não creio que é isso que Deus quer dizer quando fala de igreja. Quando Deus se refere à igreja, Ele não está falando de blocos, cimento, areia ou uma arquitetura bonita.

Ao mesmo tempo em que muitos se preocupam com o número de pessoas que podemos reunir numa enorme caixa de cimento, a mudança no coração dessas pessoas freqüentemente é esquecida. O que interessa são os números. Sedentos por eles, líderes colocam nos membros (raramente neles mesmos) o fardo de multiplicar-se. E aí daquele que não conseguir, que cada um “se vire”.

Watchman Nee dedicou-se de corpo e alma ao estudo da Palavra e ao evangelismo. A congregação de Nee em Xangai cresceu tanto que o obrigou a realizar algumas mudanças. Ele dividiu-a em 15 grupos centrados no evangelismo. Cada grupo tinha até 200 pessoas. Nos anos 40 havia 470 grupos afiliados à igreja de Xangai.

O engraçado de tudo isso é que essa igreja enorme não tinha templos. Ela se reunia nas casas das pessoas. Não pense que isso foi fruto de uma visão especial, foi fruto da perseguição mesmo! Watchman Nee não encheu nenhuma igreja, mas ele não cumpriu seu chamado?

Lendo sobre Watchman Nee, percebemos que os propósitos de Deus em sua vida não tiveram fim depois de sua prisão e morte na cadeia. Como em Nee, Deus continuou atuante na vida do apóstolo Paulo, pois o evangelho não pode ser detido por cadeias... ou paredes.

Se nossa motivação como igreja for apenas ser mais uma religião com muitos membros, então nos esquecemos do que Deus pode operar no interior do homem e através dele.
A Igreja de Deus é edificada sobre Cristo que está dentro de cada pessoa que se converte; a edificação do corpo de Cristo é a edificação dos corações em Cristo. Por isso as cadeias e paredes do templo não são relevantes, nem podem deter ou controlar o operar de Deus. É tempo de testificar do amor de Cristo, derramado em nossos corações! É tempo dos filhos de Deus manifestarem a graça de Cristo Jesus, fora das quatro paredes, lá fora onde os necessitados e famintos espirituais estão! Que jamais nos envergonhemos do Evangelho de Jesus Cristo, e que verdadeiramente, nada mais nos importe senão viver com Cristo e para Cristo!


Venha o Teu Reino Senhor Jesus!!!
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